Por SÉRGIO CARVALHO
São Paulo, SP, 1 (AFI) – Tenho visto o São Paulo, de Luis Zubeldia, jogar. Quando joga com seus principais jogadores, o Tricolor prova que pode encarar qualquer adversário. Mas quando um ou dois de seus titulares fica de fora, a produção cai sensivelmente e os bons resultados deixam de acontecer(dentro ou fora de casa). Antes do jogo da terça-feira passada, por exemplo, o clube vinha de três resultados negativos.
O torcedor chegou a ficar com um pé atrás, mas, na terça-feira passada, no Morumbi, com chuva e frio, ele voltou a ter motivos para confiar em sua equipe. O São Paulo mandou no jogo contra o Goiás, pela Copa Brasil, fase oitavas de final, e deu um passo decisivo rumo às quartas-de-final da competição.
BOA VANTAGEM
A vitória por 2 a 0 no final dos noventa minutos, deixou o Tricolor com a opção de até perder pela contagem mínima, dia 8 de agosto, lá em Goiânia, que, ainda assim, a vaga nas quartas de final será sua. Durante este jogo, por sinal, os principais jogadores do time (Luciano, Calleri, Arboleda, Luiz Gustavo, Ferreirinha e Lucas) brilharam.
Todos jogaram muito bem e provaram que, com eles em campo, o São Paulo pode sim sonhar em ganhar um título importante ainda na atual temporada. Não no Campeonato Brasileiro, onde não consegue decolar (apesar de estar numa posição confortável), mas numa das Copas que disputa ( Brasil e Libertadores).
E existe até a possibilidade do time crescer ainda mais de produção, desde que os reforços que o presidente Julio Casares cheguem nos próximos dias, como ele prometeu.
Destaques do jogo de terça-feira contra o Goiás:
1 – apesar da chuva e do frio, mais de quarenta e cinco mil torcedores se fizeram presentes no estádio. Torcedores que cantaram e incentivaram o time durante toda a partida. Que jamais vaiaram. Um apoio importante vindo das arquibancadas, que ajudou muito na boa vitória sobre o Goiás pela Copa do Brasil.
2 – Curioso é que a torcida tricolor está cada vez mais jovem. Muitas crianças, meninos e meninas, fora os veteranos do passado, tem frequentado o Morumbi com frequência. As rendas são sempre muito boas e tem ajudado muito a diretoria no pagamento das altas dívidas que ela herdou, e ainda na reformulação dos Centro de Treinamentos tanto da Barra Funda como de Cotia.
3 – O Morumbis tem sido um estádio confortável e acolhedor para o torcedor. A manutenção do estádio é permanente e tudo tem cara de novo. O gramado é de excelente qualidade. Como consequência, a torcida se sente à vontade para comprar seu ingresso e comparecer ao estádio em quase todos os jogos do São Paulo (no passado, isso não acontecia).
4 – Fico impressionado com o sensível aumento de produção de Luciano e Calleri em jogos decisivos. Eles se transformam e, quase sempre, são os responsáveis por vitórias memoráveis do Tricolor dentro ou fora de casa. Parece que ambos adoram disputar Copas (mais do que o Brasileiro).
ADEUS JAMES !
E para terminar. Finalmente o São Paulo resolveu o impasse que tinha com James Rodriguez, jogador colombiano que veio como uma solução e se transformou em pouco tempo, num tremendo fracasso que a diretoria do clube precisou carregar. O cara só queria o “venha a nós”.
Não queria treinar, queria ser titular sem merecer, receber em dia e até antes dos seus companheiros de elenco, e mais folgas do que qualquer jogador poderia ter nos tempos de hoje. Tanto que ele nem se reapresentou depois da última Copa América. Achou que tinha o direito de ficar em seu País, mesmo recebendo o mais alto salário do clube.
CASARES BATEU FIRME
Foi quando a diretoria presidida por Júlio Casares resolveu reagir forte. Chamou os representantes do jogador e impôs uma proposta definitiva: romper o contrato de imediato pagando o atrasado e anulando o que deveria ser pago a partir de agora. Diante da forma firme como Casares fez esta proposta, James e sua curriola perceberam que não tinham outra saída senão aceitar o que lhes foi proposto.
O jogador colocou sua assinatura no distrato e está livre para jogar onde quiser (dizem que vai “enganar” lá no Lazio, da Itália). Com o dinheiro que ainda teria a pagar até junho de 2025 para James, a diretoria vai investir em outro reforço que traga melhores resultados e menos prejuízos do que o “ídolo de barro colombiano” deu ao Tricolor. Um bom negócio para os dois lados. Menos mal.