Por ARIOVALDO IZAC
Campinas, SP, 21 (AFI) – Tem postagem nova na coluna Cadê Você, com abordagens de ex-jogadores de Ponte Preta e Guarani. O personagem em foco é o ex-centroavante Monga, símbolo da garra com a camisa pontepretana.
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É visível que o lateral-direito Igor Inocêncio, da Ponte Preta, não tem correspondido às expectativas no aspecto técnico, embora reconheça-se o esforço físico dele.
Problema é que entra e sai treinador no clube e o atleta tem a preferência entre os titulares, ignorando-se defeitos que precisam ser corrigidos.
O técnico Nelsinho Baptista até ‘ensaiou’ sacá-lo da equipe, na chegada à Ponte Preta, com a improvisação do volante Dudu Vieira na posição, mas na sequência desistiu.
APRIMORAMENTO
O atleta comete erros não corrigíveis desde as categorias de base, mas nunca é tarde para o processo de aprimoramento, com muita conversa e repetições de treinamentos, e que sejam entre os reservas.
Nelsinho Baptista é recomendadíssimo no processo de correção ao seu subordinado, pois foi reconhecidamente um lateral-direito de qualidade.
Se na marcação Igor Inocêncio demonstra claras deficiências, por vezes sem o devido tempo de bola na tentativa de desarme, a reconhecida competência do professor neste quesito pode ser fundamental para transmitir os ‘macetes’ visando à eficiência, pois raramente era ‘batido’ ao enfrentar hábeis atacantes de beirada.
Evidente que a hipótese de assimilação depende bastante do interesse do atleta.
MIRANDA ERA PONTA
Miranda, ex-lateral-esquerdo do Guarani nos anos 70, foi um ponteiro-direito de origem, mas devidamente adaptado à lateral. Inicialmente ele teve dificuldade na marcação. Todavia, com determinação para assimilar os ensinamentos de como ‘lidar’ com hábeis ponteiros, correspondeu plenamente.
Nelsinho não foi um lateral de primeira qualidade no apoio ao ataque, mas tinha sabedoria para fazer aquilo que seria possível, e a experiência pode ser igualmente repassada ao seu jogador, que precisa aprimorar os cruzamentos quando se aproxima da área adversária.
Certamente Igor Inocêncio está situado entre aqueles atletas da Ponte Preta que mais provocam recuo de bola, muitas vezes desnecessariamente.
Geralmente isso ocorre com atletas com receio do desarme.
Aí, ele precisa ter critério de avaliação sobre a possibilidade de arrancar com a bola, desvencilhando-se da marcação, ou a opção do passe.
CAFU É EXEMPLO
Décadas passadas, foram incontáveis os exemplos de atletas com algum tipo de deficiência técnica corrigível parcialmente e até integralmente, devido à perseverança nos trabalhos de treinadores.
O ex-lateral-direito Cafu, do São Paulo, exagerava em erros de cruzamentos, com bola em direção do ‘terceiro pau’, até que o saudoso treinador Telê Santana apostou na possibilidade de correção.
Como?
Exaustivos treinamentos até o anoitecer, após o término da programação normal dos integrantes do elenco são-paulino, foram o ‘santo remédio’.
Enfim, como a Ponte Preta contratou um treinador com ‘rodagem’ na bola, tanto o caso de Igor Inocêncio como de outros atletas, a lógica indica os devidos ajustes ao longo da competição.