BLOG DO ARI
Campinas, SP, 26 (AFI) – Este empate de Espanha e Brasil por 3 a 3, na tarde/noite desta terça-feira – horário brasileiro -, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri (ESP), pode ser subdividido em quatro tópicos. No curto período de trabalho, o treinador Dorival Júnior conseguiu incutir nos jogadores a necessidade de um time competitivo, com as devidas recomposições de atacantes, a fim do cerco a adversários ser maior.
Quando da recuperação das jogadas, ainda no campo defensivo, a equipe brasileira tem colocado em prática um estilo ‘vertical’, usando velocidade na tentativa de surpreender a defensiva adversária, que geralmente adota linha alta.
Tá certo que o primeiro gol do Brasil foi fruto de um presentão do goleiro Unai Simón, que errou na saída de bola, e o atacante Rodrygo, ligado na jogada, aproveitou a falha para marcar, quando a vantagem espanhola era de 2 a 0.
ENDRICK MARCA DE NOVO
Nesta reestruturação do selecionado, o atacante Endrick tem sido decisivo.
Mais uma vez deixou a sua marca no segundo gol da equipe, e foi tido como um dos personagens da partida.
Pois bem, neste segundo tópico cabe pedir para o garoto – ainda de 17 anos de idade – abaixar a bola.
E precisava fazer um tremendo desabafo contra a imprensa, no pós-jogo, e de maneira genérica?
Empolgado, ele disse que estava dando resposta em campo àqueles que o criticaram quando o seu futebol oscilou.
Pra que generalizar? Provavelmente um minoria deve ter exercido o direito de críticas, o que não condiz com os frequentes elogios que tem recebido por atuações decisivas.
ARBITRAGEM
O português Antonio Nobre, que apitou a partida, aparece no terceiro tópico.
Ele arrumou dois pênaltis inexistentes para a Espanha, que resultaram no primeiro e terceiro gol.
Como foi jogo sem o VAR, o juizão entendeu que o volante João Gomes teria derrubado Lamine Yamal dentro da área, em contato típico de jogo, com cobrança convertida por Rodri, o mesmo que marcou o terceiro gol, fruto de disputa normal de jogada do zagueiro Beraldo com Carvajal.
FUTEBOL ESPANHOL
Fechando os tópicos, o futebol da Espanha me fez lembrar fala do ex-treinador César Luís Menotti, da Argentina, na década de 80 do século passado, quando argumentou que ‘o drible é dispensável antes de se atingir a intermediária adversária’.
O que se viu, no time espanhol, é que apenas o habilidosíssimo atacante Lamine Yamal tem liberdade para jogadas individuais em qualquer parte do campo.
Os demais são obedientes para execução do toque de bola de primeira, com baixa incidência de erros.
Outra coisa que chamou atenção – e a orientação deve ter partido do treinador Luis de la Fuente – foi a equipe praticamente abdicar dos cruzamentos.
Quantas vezes jogadores da Espanha, ao lado da grande área adversária e até rente ao fundo de campo, fizeram os tradicionais cruzamentos?
Contando direitinho, talvez não preencha o número de dedos de uma mão. A prioridade é trabalhar a bola no chão e com passes certeiros.
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