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Blog do Ari – Allan Aal espera que Léo Condé ‘pise’ na bola

Por ARIOVALDO IZAC

Campinas, SP, 1 (AFI) – Dicionário Priberam da Língua Portuguesa define a palavra guasca como correia feita de couro cru. Meu falecido pai e a velha guarda ensinaram que ‘sentar a guasca’ é bater pesado, exatamente o que tenho feito com treinadores que andam cometendo despropósitos nos comandos de seus respectivos clubes.

Se Luizinho Vieira, do Brusque, deixou o seu lateral-esquerdo Alex Ruan marcar o atacante bugrino Airton à distância, sem corrigi-lo, Gilmar Dal Pozo, do Avaí, não se ‘mancou’ que para enfrentar o Botafogo seria um desperdício fazer uma dobra de laterais-esquerdos, escalando Mário Sérgio e Natanael.

Aí, na noite de domingo, o treinador Léo Condé, do Ceará, teve a coragem de deixar o atacante de beirada Lucas Rian na reserva, para que no transcorrer do segundo tempo substituísse Érick Pulga.

Ora, que treinador refinado não gostaria de contar com a explosão de dois atacantes de beirada como Érick Pulga e Lucas Rian, desde o início de partidas?

ALLAN AAL

De certo, o novo comandante bugrino Allan Aal torce para que o seu adversário Léo Condé continue deixando Lucas Rian na reserva, pois assim pode trabalhar o planejamento na tentativa de travar avanços de Érick Pulga, que o Ceará descobriu ano passado, quando ele estava no Ferroviário (CE), e neste espaço foi alertado à cartolada dos clubes de Campinas se mexer, e ninguém deu bola.

LADAINHA

Quando você ouve cartolas do futebol – entre eles alguns de Guarani e Ponte Preta – com uso da velha ‘ladainha’ que recorrer a contratações de jogadores é difícil, que o mercado está inflacionado e a concorrência é desproporcional, jogue na cara deles o exemplo do rápido e hábil atacante de beirada Lucas Rian, contratado pelo Ceará recentemente.

Sabe onde estava esse jogador? Disputando a Série C pelo Confiança de Aracaju (SE), com retrospecto desde o início do ano de 20 jogos e seis gols.

Eis a questão: onde estão os tais analistas de desempenho e mercado, que exercem função para tais descobertas, compatíveis com as realidades dos clubes de Campinas?

Vejam bem: Lucas Rian é atacante de beirada e não centroavante, que joga mais próximo do gol adversário.

E o que fez o Ceará para contratá-lo?

CLUBE DO JAPÃO

Simples. Descobriram que o dono dos direitos econômicos dele é do clube japonês Matsuoto Yamaga, souberam da intenção de regresso do atleta ao Brasil, e aí a agremiação japonesa exigiu a rescisão do contrato que o jogador tinha com o Confiança, para repasse ao Ceará.

É assim que se faz futebol, com gente ‘antenada’ sobre o que rola por aí e a probabilidade de contratação.

O portal opovo.com.br, de Fortaleza, na edição do dia 20 de julho, estampou essa manchete sobre Lucas Rian: ‘Estreia com personalidade e foi o destaque em vitória do Ceará sobre o Avaí’.

Lucas Rian surgiu no Atlético Goianiense em 2021, passou pelo Lagarto de Sergipe na temporada seguinte, transação ao Matsumoto Yamaga em 2023, com repasse por empréstimo, no início deste ano, ao Confiança.

LÉO CONDÉ

No empate do Ceará contra o América Mineiro por 2 a 2, no domingo, o treinador Léo Condé, do clube cearense, estranhamente abdicou de contar desde o início da partida com dois atacantes de beirada hábeis, pois Lucas Rian entrou apenas no transcorrer do segundo tempo.

Imaginem ele e Érick Pulga escalados nos corredores ofensivos do Ceará? Claro que para o bugrino, é melhor que Condé continue sem a devida distinção daquilo que conta no elenco.

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